Se Jesus vivesse na Terra nos dias de hoje, acho que seus
perseguidores seriam muitos dos que hoje se dizem seguidores seus. Só
acho.
O Jesus que a Bíblia me apresenta era um Jesus radical que quebrou
os paradigmas de sua época por viver e aceitar “gente que não
prestava” exatamente os marginalizados pela sociedade “certinha”
e conservadora, que guardavam cada vírgula da lei e que desprezavam
a lei maior que é o Amor (1 Co. 13). Amor a quem quer que fosse.
Amor ao próximo, a quem estivesse próximo, independente do
“tamanho” de seu pecado.
Não lembro em quarte da Bíblia (alguém me ajude) Jesus nos ensinou
a julgar e deixar de lado os “pecadores”, os que não seguem o
mesmo “modelo de perfeição que o nosso”. O que Jesus ensinou
foi amar. Amar é também aceitar as diferenças. Ele não fez
acepção.
Na minha concepção muitos hoje não querem seguir os caminhos de
Jesus, porque seus marqueteiros apresentam um Jesus preconceituoso,
colérico e segregante. Ou seja, apresentam um Jesus que não está
na Bíblia porque não leem a Bíblia, apenas reproduzem o velho
discurso prontificado em púlpitos sem mesmo aferir a veracidade
daquele ódio todo apregoado. Não quero generalizar!
Já pensei em virar ateu, juro, mas quando faço uma releitura da
Bíblia vejo o que o Jesus ali representado VERDADEIRAMENTE ensinou,
mesmo que nem eu siga cinquenta por cento a chama volta a acender,
talvez porque ela nunca se apagou. Talvez porque eu encontre um
alento nas verbalizações de Cristo e em nenhum lugar mais. O Amor
mudaria este mundo se nos permitíssemos ser possuídos por Ele.